Trump anuncia decreto para reduzir preço de medicamentos dos EUA em até 80%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (11) que assinará uma ordem executiva nesta segunda-feira (12), às 9h (horário local), com o objetivo de reduzir de 30% a 80% os preços de medicamentos e produtos farmacêuticos no país. A medida, segundo Trump, terá efeito “quase imediato”.

A declaração foi feita por meio da rede Truth Social, onde o presidente escreveu:

“Por muitos anos, o mundo se perguntou por que os medicamentos prescritos nos Estados Unidos eram MUITO MAIS CAROS DO QUE EM QUALQUER OUTRA NAÇÃO, ÀS VEZES CINCO A DEZ VEZES MAIS CAROS DO QUE O MESMO MEDICAMENTO […] Os preços dos medicamentos prescritos e farmacêuticos serão REDUZIDOS, quase imediatamente, de 30% a 80%.”

De acordo com a agência Reuters, quatro lobistas que conversaram com a Casa Branca afirmaram que as farmacêuticas esperavam que a ordem se concentrasse no programa federal de saúde Medicare. A expectativa do setor é de que a medida se aplique a uma gama mais ampla de medicamentos do que os atualmente sujeitos à negociação sob a Lei de Redução da Inflação, aprovada durante o governo do ex-presidente Joe Biden.

Essa legislação já autorizou o Medicare a negociar os preços de 10 medicamentos, com implementação prevista para 2026, e prevê a inclusão de mais remédios ainda este ano.

O setor farmacêutico, no entanto, critica a intervenção do governo nos preços. “A fixação de preços pelo governo, de qualquer forma, é ruim para os pacientes americanos”, afirmou Alex Schriver, porta-voz da Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PhRMA), principal grupo de lobby da indústria farmacêutica nos Estados Unidos.

Esta não é a primeira vez que Trump tenta atrelar os preços praticados nos EUA aos valores pagos por outros países. Durante seu primeiro mandato, ele propôs o International Pricing Index, um programa de referência internacional de preços, que acabou sendo barrado por um tribunal. Na época, o governo estimava que a medida poderia economizar mais de US$ 85 bilhões aos contribuintes ao longo de sete anos, reduzindo os gastos anuais em mais de US$ 400 bilhões.

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Bruno Rigacci

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