Vaticano confisca relógios de cardeais brasileiros no conclave

Três cardeais brasileiros tiveram seus relógios inteligentes retidos pela segurança do Vaticano nesta quarta-feira (7), ao ingressarem na Casa de Santa Marta, onde ocorre o conclave responsável pela eleição do novo papa. A medida segue normas rígidas de segurança e sigilo absoluto impostas pela Santa Sé durante o processo de escolha do sucessor de Francisco.

Segundo informações do jornal O Globo, os dispositivos foram detectados por detectores de metais durante os procedimentos de controle de entrada no local. Como os relógios do tipo smartwatch possuem conexão à internet e possibilidade de troca de dados, seu uso é proibido durante o período de isolamento dos cardeais eleitores.

Os aparelhos foram recolhidos e permanecerão sob custódia das autoridades do Vaticano até o término da votação e a proclamação oficial do novo pontífice. A expectativa é de que os cardeais possam reaver os dispositivos quando retornarem aos seus países.

Medidas rigorosas de sigilo

O regulamento do conclave impõe medidas estritas para garantir a confidencialidade das deliberações, incluindo o bloqueio total de comunicação externa. Além da proibição de celulares, laptops e qualquer dispositivo eletrônico, os cardeais não podem conceder entrevistas nem manter contato com o mundo exterior durante o período em que estiverem reunidos.

Essas regras visam preservar a tradição e a integridade do processo, evitando interferências externas e vazamentos de informações antes da escolha oficial.

Fumaça branca à vista?

Com o conclave em andamento desde a manhã de quarta-feira (7), o ritmo das votações foi intensificado nesta quinta-feira (8). A expectativa é de que a próxima rodada de fumaça — preta, em caso de indefinição, ou branca, em caso de consenso — seja liberada entre 12h30 e 14h (horário de Brasília). Até agora, duas rodadas resultaram em fumaça preta.

O anúncio do novo papa será feito a partir da sacada da Basílica de São Pedro, por meio da tradicional saudação “Habemus Papam”. Até lá, o clima é de vigilância, expectativa e silêncio absoluto dentro dos muros do Vaticano.

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Bruno Rigacci

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