Trump parabeniza Leão XIV, o primeiro Papa americano: “Honra e emoção ao nosso país”

Minutos após a confirmação da eleição de Robert Francis Prevost como novo líder da Igreja Católica, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua rede social Truth Social para comemorar a escolha do primeiro papa norte-americano da história, agora chamado Papa Leão XIV.

“Parabéns ao Cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado Papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro Papa americano. Que emoção e que grande honra para o nosso país. Aguardo ansiosamente o encontro com o Papa Leão XIV. Será um momento muito significativo!”, escreveu Trump.

A mensagem rapidamente viralizou entre apoiadores e gerou reações diversas no cenário político americano e internacional. A publicação de Trump reforça seu esforço contínuo de alinhar-se com marcos simbólicos da cultura cristã ocidental e valorizar líderes religiosos conservadores — apesar do perfil moderado e reformista de Prevost.

Significado político e cultural da eleição

A escolha de um papa norte-americano é inédita na história da Igreja, que em mais de dois mil anos de existência sempre foi liderada por europeus ou, mais recentemente, por um sul-americano — o argentino Jorge Bergoglio, o Papa Francisco.

Embora Prevost tenha atuado por grande parte de sua carreira eclesiástica no Peru, sua nacionalidade americana representa uma guinada simbólica e diplomática importante para os Estados Unidos no contexto das relações com o Vaticano. O gesto de Trump busca capitalizar essa representatividade como uma conquista nacional.

Pontífice de perfil conciliador

Ao contrário da postura muitas vezes polarizadora do ex-presidente, Leão XIV tem sido descrito como um líder de perfil conciliador, comprometido com a continuidade das reformas iniciadas por Francisco e com forte sensibilidade às causas sociais da América Latina.

Ele é conhecido por seu trabalho pastoral em comunidades carentes no Peru, onde viveu por quase duas décadas como missionário agostiniano. Além disso, foi prefeito do Dicastério para os Bispos, um dos órgãos mais poderosos da Cúria Romana.

Especialistas acreditam que, apesar da celebração feita por Trump, a postura do novo papa pode divergir em vários aspectos da agenda da direita cristã conservadora dos EUA, especialmente em temas como imigração, meio ambiente e acolhimento de minorias.

Próximos passos

A possibilidade de um encontro entre Trump — que busca novo mandato em 2026 — e o Papa Leão XIV poderá ter grande repercussão, tanto diplomática quanto religiosa. Um possível gesto de aproximação entre os dois pode ser interpretado como sinal de prestígio político internacional, mas também colocará à prova as afinidades e tensões entre suas visões de mundo.

Por ora, o Vaticano não respondeu publicamente à mensagem de Trump.

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Bruno Rigacci

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