Collor cumpre prisão domiciliar em cobertura de luxo avaliada em R$ 9 milhões

O ex-presidente Fernando Collor de Mello começou a cumprir, desde a última quinta-feira (1º), sua pena em regime domiciliar em uma cobertura de alto padrão com vista para o mar na praia de Ponta Verde, uma das áreas mais valorizadas de Maceió (AL). Avaliado judicialmente em R$ 9 milhões, o imóvel foi penhorado em 2023 por ordem da Justiça do Trabalho para quitar uma dívida de R$ 264 mil referente a um processo movido por um ex-funcionário de uma empresa da qual Collor é sócio.

A cobertura tem cerca de 600 metros quadrados de área privativa e conta com cinco dormitórios, piscina, bar e cinco vagas de garagem, conforme laudo anexado ao processo e confirmado em reportagem do portal UOL.

Collor foi preso em 24 de abril e, após pouco mais de uma semana, recebeu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para cumprir a pena em prisão domiciliar. A decisão foi fundamentada em argumentos da defesa, que apontaram problemas de saúde e cuidados especiais relacionados à idade do ex-presidente. Moraes justificou a medida como “razão humanitária” e destacou a necessidade de tratamento médico contínuo.

A mudança para o regime domiciliar impõe restrições. Collor deve usar tornozeleira eletrônica, está proibido de receber visitas que não sejam de familiares, advogados ou profissionais de saúde, e teve o passaporte recolhido para evitar qualquer tentativa de evasão do país.

Collor foi condenado em 2023 pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A pena total é de 8 anos e 10 meses.

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Bruno Rigacci

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