Entenda como advogados e delegado fraudaram R$ 16 milhões do INSS

Nesta quinta-feira (25/4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Cessatio em Roraima, com foco em desarticular um esquema criminoso de fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), pago pelo INSS a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

➡️ Prejuízo estimado: R$ 16 milhões aos cofres públicos
➡️ Mandados cumpridos: 14 de busca e apreensão em Boa Vista e Pacaraima
➡️ Alvos principais: 7 escritórios de advocacia suspeitos de falsificar documentos e intermediar pedidos fraudulentos

Como funcionava o esquema

  • Agenciadores buscavam idosos venezuelanos, ainda em seu país de origem, prometendo acesso ao benefício brasileiro.

  • Os idosos eram trazidos ao Brasil exclusivamente para solicitar o BPC.

  • Usavam documentos falsos e cadastros manipulados.

  • Os pedidos eram encaminhados por advogados, com uso indevido do sistema do governo federal.

  • Após a concessão, muitos voltavam à Venezuela, onde continuavam recebendo o benefício de forma irregular.

  • Os criminosos ficavam com parte ou a totalidade dos valores.

Detalhes do BPC-Loas

  • Valor: 1 salário mínimo

  • Requisitos:

    • Idosos a partir de 65 anos ou pessoas com deficiência

    • Renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo

    • Residência no Brasil (obrigatória)

Investigados e crimes

  • Um delegado aposentado da Polícia Civil é suspeito de facilitar a concessão de centenas de benefícios ilegais.

  • Crimes atribuídos aos investigados:

    • Estelionato majorado

    • Falsificação de documentos públicos

    • Associação criminosa

    • Outros a serem apurados

Medidas judiciais

  • Bloqueio de bens e valores até R$ 16 milhões

  • Suspensão das atividades econômicas de envolvidos

Operações anteriores e megaesquema nacional

A Operação Cessatio é a sexta ação da PF em Roraima contra fraudes no INSS em menos de dois anos.

➡️ No dia anterior (24/4), uma megaoperação nacional mirou descontos indevidos em aposentadorias, feitos por associações de fachada.

  • Rombo estimado: R$ 6,3 bilhões

  • Alvo: Cobranças automáticas em contracheques sem autorização dos aposentados

  • Consequência: Demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto

  • Apreensões: Carros de luxo, joias, dinheiro vivo

  • Servidores afastados: 5

Orientação da PF

A PF recomenda que aposentados e pensionistas:

  • Verifiquem seus extratos no app Meu INSS ou site oficial

  • Em caso de cobrança indevida, liguem para o 135 para bloqueio e exclusão da associação

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies