A pauta da anistia está ‘morta’ na Câmara, garante deputado do PT
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou, nesta quinta-feira (24), que o projeto de lei (PL) que prevê a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro está “morto”. A declaração foi feita em suas redes sociais, após a decisão do Partido Liberal (PL) de obstruir a pauta de votações na Câmara dos Deputados até que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautasse a urgência da proposta.
A proposta de anistia, que gerou polêmica desde o início, não avançará na próxima semana, após uma reunião entre os líderes partidários. Durante o encontro, ficou decidido que o projeto não será incluído na agenda de votações, o que levou o PL a reagir com uma estratégia de obstrução.
Anistia “morta”, segundo Rogério Correia
Rogério Correia, em tom provocativo, afirmou nas redes sociais que o projeto estava “morto”, destacando que o Podemos, um dos partidos que inicialmente apoiava o requerimento de urgência, retirou suas assinaturas. Com a retirada, a quantidade de apoios necessários para dar seguimento à proposta foi comprometida. O deputado ainda criticou a postura do PL, que ameaçou obstruir as votações até que a urgência fosse pautada.
“A pauta da anistia está MORTA! O Podemos retirou as assinaturas do requerimento de urgência, que já não tem a quantidade de apoios para ir à votação. Motta anunciou que NÃO vai pautar o projeto. E agora o PL já está dizendo que vai obstruir as votações até que o projeto seja pautado. Esperem sentados, que cansa menos”, escreveu o parlamentar em seu Twitter.
Reação do PL e divisão política
A postura do Partido Liberal (PL), que controla um número significativo de cadeiras na Câmara, é vista como uma tentativa de pressionar o presidente da Câmara para que o projeto seja incluído novamente na pauta de votações. A proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, quando milhares de manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), divide o cenário político, com a oposição considerando a medida uma concessão à violência e à tentativa de golpe.
Por enquanto, o projeto de anistia permanece sem perspectivas claras de avançar, enquanto a base governista e partidos da oposição continuam se posicionando contra sua aprovação.