Janja cita morte de menina e pede regulação das redes sociais

A trágica morte de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, no Distrito Federal, após inalar desodorante aerossol por conta de um desafio viralizado nas redes sociais, levou a primeira-dama Janja da Silva a se pronunciar e defender com veemência a regulamentação urgente das plataformas digitais.

Em uma publicação no Instagram na última terça-feira (15), Janja lamentou o ocorrido e alertou para os riscos que crianças e adolescentes enfrentam em ambientes virtuais desregulados.

“Ela morreu devido a um desafio ignorante, feito pelas redes sociais. A gente precisa pensar e repensar que mundo é esse que a gente está construindo. […] Esse tema é urgentíssimo: a regulamentação das redes sociais”, declarou.

Sarah foi internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) na última quinta-feira (10), já em parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços da equipe médica, que tentou reanimá-la por cerca de uma hora, a menina teve morte cerebral constatada ainda no mesmo dia. O óbito oficial foi declarado no domingo (13), após exames clínicos conclusivos.

Segundo familiares, a criança teria participado do chamado “desafio do desodorante”, promovido na rede social TikTok, que incentiva usuários a inalarem o aerossol pelo maior tempo possível. O caso está sendo investigado pela 15ª Delegacia de Polícia do DF, que abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte e tentar identificar os responsáveis pela disseminação do conteúdo.

O delegado Ataliba Neto, responsável pela investigação, confirmou que o caso está sendo tratado com prioridade.

“Estamos averiguando como a criança teve acesso ao vídeo e se há indícios de incitação ou apologia ao uso nocivo de substâncias. A responsabilização dos autores, inclusive digitais, está sendo considerada”, disse.

A fala da primeira-dama reacende o debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais na propagação de conteúdos perigosos e a necessidade de políticas públicas que protejam o público mais vulnerável, como crianças e adolescentes.

Apesar de o perfil de Janja ser privado, o vídeo em que ela comenta o caso foi amplamente compartilhado em outras redes sociais, como o X (antigo Twitter), ampliando a repercussão do episódio e a pressão por ações concretas do Legislativo.