Filha de Eustáquio dribla PF e esconde o celular no túmulo do cachorro

Um episódio inusitado envolvendo a filha do comunicador bolsonarista Oswaldo Eustáquio veio à tona nesta quarta-feira (16/4), durante entrevista do jornalista ao Boletim Metrópoles. Segundo ele, Mariana Eustáquio, então com 16 anos, conseguiu esconder um celular da Polícia Federal (PF) durante uma operação de busca e apreensão em sua residência, em agosto de 2024. O aparelho foi escondido no túmulo do cachorro de estimação da jovem, no quintal da casa.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de investigações contra o comunicador. Durante a ação, os policiais vasculharam o imóvel em Brasília, inclusive telhado, sótão e até as roupas da adolescente. Contudo, a área onde estava enterrado o cãozinho Floquinho, com direito a lápide e homenagem escrita por Mariana, não foi inspecionada.

“Foi o único lugar da casa que a equipe incompetente não encontrou”, afirmou Oswaldo Eustáquio, que atualmente vive em Madri, na Espanha, onde teve sua extradição negada pela Justiça local. Segundo ele, os agentes da PF chegaram a cogitar que o aparelho poderia estar escondido nas roupas íntimas da jovem e procederam com revista minuciosa. Mesmo assim, saíram do local sem o celular.

Eustáquio relatou que Mariana teria perdido o aparelho uma semana depois, ao deixá-lo no bolso de uma peça de roupa. “A Polícia Federal podia tentar encontrar o celular e devolver para a Mariana. E olhar as conversas para ver que todas as conversas que a gente tinha eram legais”, ironizou.

Influência e polêmicas

Durante a entrevista, Oswaldo Eustáquio também admitiu que influenciava a filha em questões políticas, mas negou envolvimento direto em postagens feitas por ela, como a divulgação de uma imagem do delegado Fabio Shor. “Foi ela. Ela me disse que tinha a foto do Fabio Shor”, disse.

O caso adiciona mais um capítulo à série de confrontos entre Eustáquio e o Judiciário brasileiro. Nesta semana, a Audiência Nacional da Espanha recusou um pedido do governo Lula e do STF para extraditar o jornalista, apontando que seus atos não configuram crime pelas leis espanholas e citando “risco elevado de agravamento do processo penal no Brasil em função de suas opiniões políticas”.

O Itamaraty já anunciou que pretende recorrer da decisão.

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Bruno Rigacci

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