Quem é o advogado e influencer preso por agredir companheira em Alagoas?
O advogado criminalista João Neto, conhecido nas redes sociais por produzir conteúdo jurídico para milhões de seguidores, foi preso em flagrante na noite desta segunda-feira (14), em Maceió, capital de Alagoas. A prisão ocorreu após a suspeita de que ele tenha agredido sua companheira em um apartamento localizado no bairro Jatiúca.
Segundo a Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), vizinhos acionaram a polícia após ouvirem gritos vindos do imóvel. Imagens de câmeras de segurança divulgadas nas redes sociais mostram a vítima deixando o apartamento ferida, enquanto João Neto aparece tentando conter o sangramento do rosto da mulher com um pano.
A vítima foi encaminhada a uma unidade hospitalar da região, onde recebeu atendimento médico. O advogado foi detido nas proximidades do hospital, onde aguardava notícias sobre o estado de saúde da companheira.
Influência nas redes e histórico profissional
Com 2,1 milhões de seguidores nas redes sociais, João Neto se tornou figura pública por comentar casos de grande repercussão criminal e por responder dúvidas jurídicas de seguidores. Ele se apresenta em seus perfis como ex-policial militar da Bahia, pós-graduado e mestre em Ciências Criminais.
O Estadão informou que procurou a Polícia Militar da Bahia e o governo estadual para confirmar o vínculo anterior do advogado com a corporação, mas até o momento não houve resposta.
Defesa aguarda audiência de custódia
Em nota enviada à imprensa, a defesa de João Neto declarou que teve conhecimento das acusações, mas ressaltou que o mérito do caso será esclarecido na audiência de custódia, marcada para esta terça-feira (15).
“Todavia, esse assunto será esclarecido a partir de amanhã (hoje), em sede de audiência de custódia, em que pese a mesma não ser o ambiente propício para discussão de mérito”, disse a nota.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde da vítima, tampouco se ela prestou depoimento formal à polícia. O caso segue em investigação pelas autoridades locais, e a prisão em flagrante deve ser analisada pelo juiz responsável ainda hoje.