Perfil oficial da PRF do RN exalta Bolsonaro e alfineta Lula

A Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Norte (PRF-RN) abriu uma investigação interna neste domingo (14) após uma publicação polêmica no perfil oficial da corporação no Instagram. O post exaltava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ironizava o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O comentário, publicado no sábado (12), dizia:
“Bolsonaro doente junta mais gente que Lula são e inaugurando obra. Kkkk”

A frase fazia referência à movimentação de apoiadores no Rio Grande do Norte, onde Bolsonaro esteve na última sexta-feira (11), antes de ser transferido para Brasília por problemas de saúde. O ex-presidente foi internado com quadro de obstrução intestinal leve, mas recebeu alta no sábado.

Reação institucional

A PRF-RN se manifestou por meio de nota oficial, afirmando que o conteúdo “não está alinhado às diretrizes da instituição”. A corporação informou ainda que, assim que a postagem foi identificada, ela foi removida, e o perfil foi retirado do ar por tempo indeterminado.

“O autor do comentário, um servidor federal, já foi identificado e responderá administrativamente. A conduta será apurada de acordo com a legislação vigente”, diz o comunicado.

Investigação e medidas disciplinares

Segundo apuração inicial, o comentário foi publicado por um servidor com acesso à conta oficial da PRF-RN. A Corregedoria-Geral da PRF foi acionada e irá acompanhar o desdobramento do caso. O nome do responsável pela postagem não foi divulgado.

A legislação que rege a conduta de servidores públicos federais proíbe manifestações político-partidárias em perfis institucionais, justamente para preservar a imparcialidade e o caráter técnico dos órgãos públicos.

Repercussão política

A postagem repercutiu rapidamente nas redes sociais e foi criticada por usuários que apontaram uso indevido de um canal oficial para promover opinião pessoal e político-partidária. Aliados do presidente Lula pediram apuração rigorosa, enquanto apoiadores de Bolsonaro defenderam a liberdade de expressão do servidor.

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Bruno Rigacci

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