PF propõe ao STF que armas de Anderson Torres sejam destruídas ou doadas
A Polícia Federal (PF) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma sugestão sobre o destino das armas que pertenciam ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A proposta ocorre após Torres perder o direito à posse de armamentos, em meio ao processo em que se tornou réu por suposta participação em um plano de golpe de Estado.
No documento enviado à Corte, a PF recomenda que as armas sejam encaminhadas “para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas”.
A perda da posse das armas foi determinada em 2023, durante processo administrativo que investigou a conduta de Torres diante dos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. À época, Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Réu no STF
No mês passado, Anderson Torres se tornou réu no inquérito que apura a tentativa de subversão da ordem democrática no final do governo Bolsonaro. A investigação apontou que uma minuta com um suposto plano para reverter o resultado das eleições de 2022 foi encontrada na residência do ex-ministro.
Torres, no entanto, nega envolvimento em qualquer tentativa de golpe. Sua defesa sustenta que a minuta é “apócrifa” e “sem valor jurídico”. Ainda assim, o Supremo aceitou a denúncia e o ex-ministro agora responde formalmente à Justiça, podendo ser condenado ou absolvido ao fim do processo.