Bolsonaro reage a voto de Moraes contra moça que pichou “perdeu, mané”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo nesta sexta-feira (21) em solidariedade a Débora dos Santos, mulher acusada de pichar a frase “perdeu, mané” em uma estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos extremistas de 8 de janeiro de 2023. Débora, que está sendo julgada pela Corte, teve seu caso analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, o qual foi o primeiro a votar e se posicionou por uma condenação de 14 anos de prisão, com 12 anos de reclusão.

No vídeo, Bolsonaro se manifestou contra a decisão de Moraes, chamando-a de “desumana” e “inacreditável”. Ele também destacou a situação pessoal de Débora, que, segundo ele, é uma mulher com dois filhos pequenos. O ex-presidente disse: “Hoje, sexta-feira, 21 de março, é o dia do meu aniversário, mas também um dia muito triste. O primeiro voto no plenário virtual, Alexandre Moraes começa condenando a Débora, aquela senhora que tem dois filhos pequenos que usou seu batom. Começa condenando ela a 14 anos de cadeia. Isso é desumano, é desarrazoável, é inacreditável.”

Bolsonaro, em sua fala, criticou a decisão de Moraes e ressaltou a severidade da pena, chamando a atenção para o fato de Débora ter utilizado apenas batom para escrever a mensagem na estátua. Além disso, o ex-presidente aproveitou a oportunidade para convocar seus apoiadores a comparecerem ao ato que ele realizará no dia 6 de abril na Avenida Paulista, em São Paulo, mostrando sua continuidade na oposição às ações do STF.

O caso de Débora dos Santos

Débora Rodrigues dos Santos, que foi presa em março de 2023, está sendo julgada pela Primeira Turma do STF. Ela foi fotografada durante os atos de 8 de janeiro pichando a frase “Perdeu, mané” na estátua em frente ao prédio do STF, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A acusada foi uma das detidas na 8ª fase da Operação Lesa Pátria, realizada pela Polícia Federal, que investiga os participantes e financiadores dos atos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Débora por diversos crimes, incluindo associação criminosa armada, golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Em agosto de 2024, a Primeira Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia, e Débora passou a responder a uma ação penal. Agora, a Primeira Turma do STF continua a análise do caso, com os ministros tendo até a próxima sexta-feira (28) para manifestarem seus votos no julgamento, que ocorre no plenário virtual da Corte.

O julgamento de Débora dos Santos segue com grande atenção, especialmente após as declarações de Bolsonaro, que vê o caso como mais um episódio que representa o confronto entre o ex-presidente e o STF.

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Bruno Rigacci

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