Lira será presidente de federação entre PP e União

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), está prestes a assumir a presidência de uma nova federação partidária entre o Partido Progressistas (PP) e o União Brasil, caso as negociações em andamento se concretizem. A aliança tem o potencial de transformar a política brasileira, com implicações tanto para o cenário eleitoral quanto para a dinâmica interna do Congresso.

O que é uma federação partidária?

Pela legislação atual, uma federação entre partidos exige que as siglas envolvidas atuem como uma única legenda, compartilhando recursos como fundo partidário, tempo de TV e o mesmo programa político, por um período mínimo de quatro anos. A federação que está sendo formada entre o PP e o União Brasil prevê uma divisão do comando da sigla de forma rotativa, com substituições a cada seis meses. Essa estrutura de liderança busca garantir a representatividade e o equilíbrio entre os dois partidos.

Divisão dos diretórios estaduais

Embora a federação ainda dependa de uma resposta oficial do União Brasil, que ainda tenta resolver alguns impasses regionais, a divisão dos diretórios estaduais já começou a ser definida. De acordo com o plano atual:

  • 9 diretórios estarão sob o comando do PP.
  • 9 diretórios ficarão com o União Brasil.
  • 9 diretórios restantes serão distribuídos entre os dois partidos de acordo com a Executiva Nacional.

Essas divisões têm como objetivo criar um equilíbrio entre as duas legendas, evitando disputas internas e garantindo uma gestão conjunta eficiente ao longo da vigência da federação.

Desafios e a possível ausência do Republicanos

Nas fases iniciais das negociações, o Republicanos também cogitou a participação na federação, mas, nas últimas semanas, decidiu se afastar dessa possibilidade. O partido abriu conversas com o PSDB, que está em busca de uma fusão com outra legenda, dado o risco de extinção nas próximas eleições. Caso a aliança entre o PP e o União Brasil seja formalizada, a federação será oficialmente conhecida como União Progressistas.

A força política da federação

Caso se concretize, a federação entre PP e União Brasil se tornará o maior bloco na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, ultrapassando o PL de Jair Bolsonaro, que atualmente detém a maior bancada. No Senado, o grupo terá 13 senadores.

Essa união promete impactar de forma significativa as articulações políticas nos próximos anos, especialmente nas discussões sobre o futuro do governo e as eleições de 2026. A possível força desse bloco pode redefinir as alianças e estratégias políticas no Congresso Nacional.

O cenário político em 2025

A definição da federação entre o PP e o União Brasil deve ser oficializada no mês que vem, com o nome de União Progressistas. O próximo passo será a definição dos detalhes finais dessa parceria, que promete movimentar a política brasileira nos próximos anos. Enquanto isso, as negociações continuam, e a expectativa é de que o União Brasil finalize sua posição até o final desta semana, no dia 21 de março.

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Bruno Rigacci

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