Gayer vai ao TCU após governo fechar contratos sem licitação
Em postagem realizada em suas redes sociais nesta quarta-feira (5), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) anunciou que encaminhou dois ofícios ao Tribunal de Contas da União (TCU), solicitando auditoria em contratos firmados pelo governo federal, os quais, segundo o parlamentar, não teriam passado pelo devido processo licitatório.
Gayer destaca que, recentemente, o governo federal teria fechado dois contratos sem a realização de licitação, o que motivou sua ação. O primeiro contrato, no valor de R$ 478,3 milhões, está relacionado à organização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevista para ocorrer em Belém (PA) ainda neste ano.
O segundo contrato, com valor estimado em até R$ 10 milhões, tem como objetivo a realização de serviços de impulsionamento dos perfis do governo nas redes sociais. De acordo com o deputado, tais irregularidades precisam ser investigadas a fundo, com o intuito de garantir a transparência e a legalidade nos processos administrativos.
O parlamentar goiano, em sua postagem, fez questão de ressaltar que seu pedido tem o intuito de esclarecer os indícios de irregularidades e de zelar pelo bom uso dos recursos públicos. “É imprescindível que o governo se submeta à fiscalização e que os contratos sigam os trâmites legais, garantindo a devida transparência”, afirmou Gayer.
O TCU, por sua vez, é o órgão responsável por fiscalizar a correta aplicação de recursos públicos no âmbito federal e pode, após a análise dos documentos, determinar a suspensão de contratos irregulares ou tomar outras providências cabíveis, caso sejam identificados ilícitos.
Esse movimento de Gayer ocorre em um momento de crescente debate sobre a gestão de recursos públicos e a necessidade de uma maior fiscalização por parte das instituições competentes, especialmente em tempos de desafios fiscais e econômicos.
Com a inflação impactando o poder de compra das famílias e o governo federal sob constante escrutínio, a transparência e a responsabilidade fiscal têm sido temas centrais nas discussões políticas do país.