Bolsonaro reposta meme e ironiza acusação sobre plano contra Lula

Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (18), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de saber e concordar com um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A acusação se insere em um contexto mais amplo de uma suposta trama golpista que teria como objetivo manter Bolsonaro no poder após a eleição de 2022.

Bolsonaro, por sua vez, reagiu com ironia. Nas redes sociais, o ex-presidente repostou memes que zombam da denúncia, com imagens que fazem referência a bebidas alcoólicas e brincadeiras sobre um suposto plano para matar Lula. Em um dos memes, é afirmado de forma humorística: “EXCLUSIVO: Polícia Federal revela foto da armadilha que Jair Bolsonaro usaria para capturar e matar o Presidente Lula. Em breve mais detalhes.” Outro meme ironiza: “GRAVÍSSIMO: Investigação da Polícia Federal aponta que Jair Bolsonaro teria comprado até o caixão para enterrar o presidente Lula. Em breve mais detalhes.” A postagem de Bolsonaro sugere que ele desqualifica as acusações feitas contra ele.

A denúncia e os crimes atribuídos a Bolsonaro

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de envolvimento em uma série de crimes, incluindo organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado. A PGR afirma que Bolsonaro teria se envolvido em uma tentativa de golpear a democracia, com o objetivo de permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Além de Bolsonaro, a denúncia inclui vários outros envolvidos, com a Polícia Federal tendo indiciado 39 pessoas no relatório enviado à PGR. No entanto, a denúncia de Gonet não contempla todos os nomes mencionados no inquérito. Entre os denunciados estão figuras políticas e militares, como o ex-ministro da Defesa, Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

Contexto e resistência de militares

A denúncia da PGR sustenta que o “golpe” proposto por Bolsonaro não ocorreu devido a “circunstâncias alheias à sua vontade”, como a resistência dos comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes. De acordo com a PGR, esses altos oficiais teriam impedido a execução do plano, frustrando os intentos golpistas de Bolsonaro.

Agora, a denúncia será analisada pelos ministros da Primeira Turma do STF, que deve decidir sobre o futuro de Bolsonaro em relação às acusações. A acusação de envolvimento em um golpe de Estado e a tentativa de assassinato de líderes políticos gerou grande repercussão e aumentou a pressão política sobre o ex-presidente.

Leia a íntegra da denúncia aqui.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies