Jair Bolsonaro acusa TSE de ter influenciado as eleições de 2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez novas declarações polêmicas sobre as eleições de 2022 em entrevista ao canal Brazil Talking News no YouTube, no último sábado (15). Durante a conversa, Bolsonaro acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ter recebido recursos do exterior para influenciar no resultado da eleição, sugerindo que o órgão teria manipulado os votos, especialmente entre os jovens eleitores, favorecendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Bolsonaro, o TSE teria “arranjado” cerca de 2 milhões de votos entre os jovens para o candidato petista, alegando que uma grande parte dessa faixa etária já seria inclinada à esquerda, e que isso teria sido decisivo para sua derrota nas urnas. “Pelo menos três quartos dessa faixa etária votam na esquerda”, afirmou o ex-presidente, tentando vincular esse suposto apoio à vitória de Lula, que, segundo ele, teria sido a diferença nas eleições de 2022.
Além de fazer essas acusações, Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para falar sobre o que considera uma censura durante sua campanha. Segundo ele, foi proibido de expor certas informações sobre seu adversário, como, por exemplo, a alegação de que Lula defendia o aborto e mantinha amizades com ditadores, como Hugo Chávez e Nicolás Maduro, além de outros líderes de regimes autoritários. Bolsonaro também mencionou o fato de não poder mostrar imagens de Lula em comunidades dominadas por facções criminosas, afirmando que o petista entrou nessas áreas sem segurança, usando um boné associado a uma facção.
Essas declarações fazem parte de uma série de críticas de Bolsonaro ao processo eleitoral e à atuação de órgãos como o TSE, com o ex-presidente insistindo que a eleição foi manipulada em sua contra. Contudo, tais afirmações não têm respaldo em investigações ou evidências concretas que comprovem qualquer irregularidade nos processos eleitorais de 2022.
As acusações de Bolsonaro seguem alimentando o debate político no Brasil, com a oposição defendendo que as eleições foram livres e justas, enquanto seus aliados buscam maneiras de desacreditar a vitória de Lula. A falta de provas substanciais para as alegações de Bolsonaro, somada ao fato de que o resultado das eleições foi validado por diversas instâncias judiciais, tem levado muitos a considerarem as declarações como tentativas de delegitimar o governo atual.