Incra desapropria fazenda produtiva da família Bettim em ação absurda

A desapropriação da Fazenda Floresta & Texas, de propriedade da família Bettim, em São Mateus, Espírito Santo, gerou grande controvérsia e protestos no Brasil. A ação foi realizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com respaldo judicial, e, apesar de a família apresentar laudos que comprovam a produtividade da fazenda, a Justiça determinou a desocupação até 13 de fevereiro de 2025. A decisão baseou-se na alegação de improdutividade da terra, o que é um dos critérios para desapropriação para reforma agrária, conforme a Constituição.

A fazenda, que está há mais de seis décadas sob controle da família Bettim, é produtiva, com cultivos de café, pimenta-do-reino, mandioca, frutas e criação de gado leiteiro. Os proprietários alegam que a propriedade cumpre sua função social, o que contraria a decisão judicial. A superintendente do Incra, Maria da Penha Lopes dos Santos, que tem vínculos com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), participou da operação, o que gerou críticas, principalmente por parte de políticos que defendem a continuidade da fazenda.

A decisão gerou manifestações públicas em apoio à família Bettim, incluindo protestos de mais de 400 pessoas em São Mateus e declarações de políticos locais, como o senador Magno Malta (PL-ES), o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) e o deputado estadual Lucas Polese (PL-ES), que questionaram a desapropriação. Eles argumentam que a fazenda é produtiva e gera empregos, não justificando a ação, que, para muitos, foi influenciada por interesses políticos do MST.

Esse episódio reacende o debate sobre a reforma agrária no Brasil, com discussões sobre os critérios para a desapropriação de propriedades rurais, o papel do Estado na promoção da reforma e o impacto das decisões sobre a economia e os produtores rurais. A família Bettim e seus apoiadores prometem continuar buscando reverter a decisão, tanto no âmbito político quanto jurídico.

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Bruno Rigacci

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