Gilmar Mendes defende PEC para proibir militares de concorrerem sem deixar a farda

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu recentemente a criação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proibisse militares de concorrerem a cargos públicos eletivos sem antes abandonarem suas carreiras nas Forças Armadas ou nas polícias militares. Em uma entrevista à CNN Brasil, Gilmar afirmou que a participação de militares na política tem se tornado um problema crescente, alegando que eles devem “deixar a farda” para disputar cargos políticos, assim como ocorre com juízes e promotores que se afastam de suas funções antes de se candidatar.

O ministro argumentou que essa situação gera distorções, já que esses profissionais, ao se envolverem na política, podem trazer viéses políticos para suas atuações. Para ele, a participação de militares, juízes e outros servidores públicos na política precisa ser debatida de forma ampla e organizada, para ser implementada antes das eleições de 2026.

Gilmar Mendes tem se posicionado contra a ocupação de cargos políticos por militares da ativa e, no mês passado, destacou a necessidade de discutir a inelegibilidade de servidores públicos que deixam seus postos para se lançar na política. Ele tem sido crítico da instrumentalização de cargos públicos para fins políticos, especialmente em relação a militares, juízes, promotores, delegados e policiais.

A postura de Gilmar Mendes também reflete preocupações com a atuação de militares em episódios políticos recentes, como a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro e a presença de militares da ativa em cargos políticos no governo, algo que ele acredita que precisa ser abordado pelo Congresso Nacional para evitar distorções no futuro.

Compartilhe nas redes sociais

Bruno Rigacci

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site! ACEPTAR
Aviso de cookies