Torres pede acareação com ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres solicitou uma acareação com o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o ex-comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro-do-ar Carlos Baptista Júnior. Essa solicitação ocorre em meio a uma investigação na qual os dois militares afirmaram à Polícia Federal que Torres fazia parte do núcleo jurídico envolvido na tentativa de golpe para manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder.

Durante os depoimentos, Freire Gomes mencionou que uma “minuta do golpe” apresentada por Bolsonaro era semelhante a um documento encontrado na casa de Torres. Em resposta, Torres pediu a acareação, argumentando que Freire Gomes tem uma “memória de elefante” e que suas declarações o ligam indevidamente à tentativa de golpe. A defesa de Torres afirma que ele não participou de reuniões com o alto comando das Forças Armadas onde essas discussões teriam ocorrido e que não há provas de sua atuação como assessor jurídico de Bolsonaro nessas ocasiões.

O pedido de acareação foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aguarda análise do ministro Alexandre de Moraes. A defesa de Torres também solicitou um novo depoimento à Polícia Federal e pediu registros de entrada e saída do Palácio do Alvorada e do Planalto entre 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022, para esclarecer sua relação com os ex-comandantes. A análise do pedido ainda não foi feita, e, se Moraes decidir avaliá-lo, o processo será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação.

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Bruno Rigacci

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