Café fica 50% mais caro e deve continuar subindo
O preço do café no Brasil teve uma alta de 8,56% em janeiro de 2025, comparado ao mês anterior, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse aumento faz parte de uma trajetória de alta do grão moído, que acumulou um crescimento de quase 50,35% nos últimos 12 meses. A alta contínua no preço do café preocupa os consumidores e os especialistas, que apontam que os próximos meses podem ver um novo aumento substancial.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o preço do café pode subir ainda mais nos próximos dois meses, com uma previsão de aumento de até 25% nos supermercados. A alta é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a seca e as altas temperaturas que afetaram a produção nas principais regiões cafeeiras do Brasil.
Fatores que Impactam o Preço do Café
A seca prolongada e as altas temperaturas registradas nas lavouras de café no Brasil são apontadas como as principais causas da perda de produção e, consequentemente, do aumento nos preços do grão. Esses fatores climáticos impactaram diretamente a oferta de café, aumentando a pressão sobre os preços.
Alta na Inflação de Alimentos
Além do café, outros itens também registraram aumentos significativos no preço, como a cenoura, que subiu 36,14%, e o tomate, com uma alta de 20,27%, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a inflação de alimentos teve uma desaceleração moderada entre dezembro e janeiro, passando de 1,18% para 0,96%, em grande parte devido à queda nos preços da batata-inglesa (-9,12%) e do leite (-1,53%).
Expectativas para os Próximos Meses
O cenário de inflação elevada no setor alimentício, especialmente no preço do café, pode continuar pressionando o orçamento das famílias brasileiras. Enquanto a desaceleração da inflação alimentícia oferece um alívio em alguns produtos, o café, que é uma das bebidas mais consumidas no Brasil, segue em alta, impactando diretamente os consumidores. Com a previsão de novos aumentos, muitos brasileiros terão que se ajustar a uma realidade de preços mais altos nos próximos meses.