O presente inusitado do 1º ministro de Israel a Trump
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, surpreendeu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com um presente inusitado durante uma visita à Casa Branca na terça-feira (4/2): uma réplica de um pager dourado emoldurado. O presente faz referência a uma operação realizada em setembro de 2024, na qual Israel escondeu explosivos dentro de pagers enviados para o Líbano, em um contexto de escalada de tensão no Oriente Médio.
Na operação, Israel conseguiu realizar uma série de explosões simultâneas no Líbano, que resultaram na morte de pelo menos nove supostos membros do Hezbollah, além de outras duas mil pessoas feridas. Esse episódio aumentou ainda mais as tensões entre Israel e o Líbano, exacerbando a crise regional.
O “presente” foi acompanhado de uma placa com um texto em inglês, que descrevia Trump como o “melhor amigo e aliado” de Israel, uma reafirmação da forte parceria entre os dois países, especialmente no contexto da política externa americana no Oriente Médio.
A Visita à Casa Branca e as Declarações de Trump
Durante sua visita à Casa Branca, Netanyahu e Trump discutiram temas delicados da região. Um dos pontos mais polêmicos foi o anúncio de Trump de que os Estados Unidos pretendem assumir o controle da Faixa de Gaza, território palestino. O presidente americano afirmou que Israel entregaria a região ao domínio dos EUA, e que ele realocaria os moradores da Faixa de Gaza para “casas novas e modernas”, o que gerou controvérsias e críticas tanto dentro como fora dos Estados Unidos.
Essa visita e os temas discutidos refletem a complexidade das relações internacionais e a crescente intervenção dos Estados Unidos nas questões do Oriente Médio. A operação de Israel e os recentes anúncios de Trump colocam ainda mais pressão sobre as já tensas relações entre israelenses, palestinos e as potências internacionais envolvidas na região.
O gesto de Netanyahu de entregar uma réplica do pager dourado simboliza não apenas um momento histórico, mas também um fortalecimento simbólico da aliança entre Israel e os Estados Unidos, em meio a uma conjuntura regional marcada por conflitos e incertezas.