Após EUA, Israel também deixa o Conselho de Direitos Humanos da ONU

Em um movimento que segue os passos dos Estados Unidos, o governo de Israel anunciou nesta quarta-feira (5/2) sua saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDHNU), um dia após o presidente norte-americano, Donald Trump, tomar a mesma decisão. A informação foi divulgada pelo chanceler israelense, Gideon Sa’ar.

A decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do órgão da ONU foi motivada por críticas frequentes de que o Conselho tem sido anti-Israel e tem envolvimento com atividades terroristas. Além disso, a saída dos EUA resultará na suspensão do financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que é a principal responsável por fornecer ajuda humanitária para a população da Faixa de Gaza.

O chanceler de Israel, Gideon Sa’ar, usou as redes sociais para expressar apoio à decisão de Trump, parabenizando o presidente norte-americano e reforçando a crítica ao Conselho de Direitos Humanos. Sa’ar também anunciou que Israel seguiria a mesma linha de ação, não participando mais do CDHNU.

“Israel saúda a decisão do presidente Trump de não participar do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDHNU)”, escreveu Sa’ar. “Israel se junta aos Estados Unidos, e não participará do CDH da ONU.”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se manifestou sobre a questão, reiterando que o órgão da ONU tradicionalmente protege violadores dos direitos humanos e foca em atacar a única democracia no Oriente Médio, que é Israel. Para Netanyahu, o Conselho tem se concentrado em atacar o país e propagar o antissemitismo, em vez de promover os direitos humanos.

Essa decisão ocorre em meio ao aumento das tensões relacionadas ao conflito na Faixa de Gaza, onde o Conselho de Direitos Humanos da ONU tem emitido alertas sobre as ações de Israel contra civis palestinos. Recentemente, a UNRWA foi acusada por autoridades israelenses de colaborar com grupos terroristas, como o Hamas, no ataque de 7 de outubro. A ONU confirmou a existência de evidências de que funcionários da agência podem ter se envolvido em atividades relacionadas ao ataque.

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Bruno Rigacci

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