INSS dobra gastos e reduz atendimentos, aponta auditoria

A auditoria interna realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelou que, apesar da redução de 61% nas visitas presenciais às agências de 2019 a 2023, os custos com atendimento presencial dobraram no mesmo período. O relatório aponta que, enquanto o número de beneficiários que visitam as agências diminui, os gastos com contratos de serviços essenciais ao funcionamento das unidades aumentaram em 116%. O INSS, que não teria adequadamente ajustado sua infraestrutura para acompanhar os efeitos da transformação digital, está enfrentando um cenário onde a prestação de serviços online, mais rápida e menos onerosa, poderia substituir os atendimentos presenciais, mas não houve a devida adaptação.

O relatório também destaca a aquisição inadequada de equipamentos de informática durante o governo Lula, apontando que somente 36% dos computadores e notebooks necessários foram adquiridos, em um contexto de restrições orçamentárias. Além disso, algumas unidades da Agência da Previdência Social (APS), mesmo após a extinção de certas gerências executivas, continuaram gerando custos para segurança e manutenção dos imóveis.

A auditoria recomendou que o INSS estabeleça critérios objetivos para avaliar periodicamente a adequação de sua rede de atendimento e implemente rotinas de comunicação para otimizar o uso dos recursos, como o remanejamento de equipamentos de informática que estão sendo subutilizados.

Além disso, o Ministério da Previdência Social (MPS) anunciou um reajuste de 4,7% nos benefícios para 2025, com um novo teto de R$ 8.100, em meio à crescente preocupação com a gestão dos recursos e a eficiência dos serviços prestados pelo INSS.

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Bruno Rigacci

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