Guzzo ao STF: Não há mais um banana na presidência dos EUA
Em sua coluna na Gazeta do Povo, o veterano jornalista J.R. Guzzo fez duras críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva e ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em relação à gestão diplomática do Brasil. Guzzo apontou a fraqueza do país em exigir mudanças de outras nações, como os Estados Unidos, devido à falta de uma postura firme e à incoerência do Brasil em relação à aplicação de suas próprias leis.
Ele mencionou especificamente a indignação seletiva dos governistas sobre o uso de algemas em brasileiros deportados dos Estados Unidos por imigração ilegal, destacando que o Brasil “não tem bala para exigir nada” das autoridades americanas, pois não pode forçar os Estados Unidos a desrespeitar suas próprias leis. Guzzo criticou ainda a abordagem do Itamaraty, que, segundo ele, emite comunicados “exigindo” atitudes, mas sem força real para fazer valer tais pedidos.
O jornalista também fez uma comparação com a leniência do Brasil em lidar com questões internas, como o caso de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que, apesar de ter sido condenado a 400 anos de prisão, continua desfrutando de uma liberdade relativa. Para Guzzo, esse tipo de impunidade dentro do Brasil mostra a falta de seriedade do país em cumprir suas próprias leis, ao mesmo tempo que se escandaliza com os procedimentos legais em outros países.
Além disso, Guzzo comentou o que considera uma hipocrisia do governo brasileiro, que é “fraco demais” para criticar o que acontece nos Estados Unidos, mas ao mesmo tempo se mostra “corrupto demais” para pedir algo em nome de um comportamento ético. Ele também lembrou que o governo Lula tem se apoiado no STF para resolver suas questões, mas alertou que com o presidente Joe Biden nos Estados Unidos, as coisas não serão tão fáceis como eram quando Donald Trump estava no comando.
No final de sua análise, o jornalista sugeriu ao “regime Lula-STF” que tomasse mais cuidado, uma vez que a administração do ex-presidente Trump mostrou que retaliar um país como a Colômbia por questões diplomáticas pode ter sérias consequências econômicas, como a imposição de tarifas.