Com boné provocativo, base do PL pede “comida barata novamente”
O início do ano legislativo no Congresso Nacional, nesta segunda-feira (3), foi marcado por uma disputa simbólica entre a base governista e a oposição, com o uso de bonés como forma de provocação política. Os bonés se tornaram um ponto de discórdia entre os parlamentares, com cada grupo tentando passar uma mensagem de forma criativa.
Base Governista: Bonés com a Frase “O Brasil é dos Brasileiros”
No último sábado (1º), os ministros licenciados do governo Lula, que também possuem mandatos no Congresso, foram vistos com bonés azuis que traziam a frase “O Brasil é dos brasileiros”. A ideia foi criada pelo novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, a pedido do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A frase foi recebida positivamente entre os parlamentares governistas, e cerca de 100 bonés foram distribuídos entre eles, em cores variadas, como verde e amarelo, refletindo a união da base aliada ao governo.
Oposição: Resposta com Bonés e Produtos de Mercado
Em resposta à provocação, a oposição também decidiu usar o vestuário como forma de protesto. O novo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), lançou bonés em verde e amarelo com a frase “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”. A oposição também levou ao Plenário produtos de mercado, como pacotes de café com a foto de Lula e a frase “Nem picanha, Nem café”, além de peças de picanha com a foto de Bolsonaro e o texto “Picanha Black”, fazendo referência à alta dos preços dos alimentos.
Sóstenes Cavalcante explicou que a ideia surgiu no dia seguinte à distribuição dos bonés governistas e foi uma resposta direta à ação de Sidônio. O líder do PL usou as redes sociais para mostrar como os bonés foram distribuídos em seu partido, com o slogan “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026”, reforçando uma crítica à inflação e ao custo elevado dos alimentos no Brasil.
A “guerra dos bonés” no Congresso, além de ser um protesto político, reflete a polarização entre os parlamentares e o uso da simbologia para enviar mensagens ideológicas ao público, no contexto de um cenário econômico que ainda é um dos principais pontos de discussão política no país.