1. Exceção à Regra Geral:
A licitação é a regra para contratações públicas, e a dispensa é permitida apenas em circunstâncias específicas. A falta de um processo de licitação pode ser questionada se não houver justificativas adequadas para a dispensa, o que pode resultar em responsabilização administrativa, inclusive por improbidade.
2. Motivação e Justificativa:
O governo precisa justificar adequadamente a decisão de não realizar licitação. Se essa justificativa não for suficientemente clara, o contrato pode ser anulado, e os responsáveis podem ser chamados a explicar a legalidade da decisão, o que poderia gerar consequências jurídicas.
3. Limites Financeiros:
A Lei 14.133/2021 define valores específicos para a dispensa de licitação. Se o contrato com a Ambipar superar esses valores, sem atender às condições legais, isso pode configurar infrações.
4. Transparência e Fiscalização:
Embora o processo de dispensa de licitação seja mais ágil, ele deve ser acompanhado de transparência. O governo é obrigado a garantir que os cidadãos possam acompanhar as contratações. Se a ausência de licitação for vista como um ato opaco ou favorável a interesses privados, isso pode gerar críticas e ações de fiscalização.
5. Consequências Criminais:
Caso se identifique fraude ou irregularidade no processo de dispensa, isso pode ter implicações criminais, além das administrativas, levando a investigações por parte dos órgãos de controle.
6. Risco de Controvérsias:
A dispensa de licitação pode ser politicamente controversa, principalmente em um contexto onde a exploração de terras indígenas já é um tema sensível. Isso pode gerar questionamentos públicos, movimentos de oposição e investigações sobre possíveis favorecimentos, o que agrava a situação política do governo.