Além disso, a existência de um “gabinete paralelo”, apelidado de “Time Janja”, que conta com assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e até um militar, levanta sérias preocupações sobre a utilização de recursos públicos. Esse gabinete custa cerca de R$160 mil mensais, e os gastos com viagens de seus integrantes já ultrapassaram R$1,2 milhão desde o início do governo Lula. Tais cifras, somadas à falta de clareza sobre os compromissos de Janja, geram questionamentos sobre o uso eficiente dos recursos públicos e o compromisso do governo com a transparência.
As críticas se intensificaram com a acusação de que o governo estaria utilizando servidores públicos para promover a imagem de Janja nas redes sociais, um suposto desvio de função. O deputado Nikolas Ferreira, por exemplo, usou suas redes sociais para denunciar o que considerou ser uma “farra com dinheiro público”, enquanto parlamentares de oposição acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar os gastos com esse gabinete. Isso ocorre em um momento em que o próprio governo admite a necessidade de cortar gastos, tornando a situação ainda mais polêmica.
A resistência do governo em divulgar informações sobre a agenda de Janja e os gastos associados ao seu gabinete contrapõem-se ao discurso de transparência prometido pelo governo Lula, o que tem alimentado um debate sobre a coerência entre as ações do governo e suas promessas de maior abertura e responsabilidade com os recursos públicos. A falta de clareza sobre essas questões pode minar a confiança do público em relação à gestão do governo, especialmente em um momento em que a população clama por maior responsabilidade fiscal e transparência na administração pública.