Colômbia aceita deportados dos EUA, e Trump suspende tarifas
A Colômbia e os Estados Unidos chegaram a um entendimento tenso após uma troca de declarações sobre a deportação de imigrantes colombianos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou na madrugada desta segunda-feira (27) que o governo colombiano havia concordado com “todos os termos” do presidente Donald Trump, aceitando receber os imigrantes ilegais colombianos deportados dos Estados Unidos sem qualquer “limitação ou demora”.
A tensão entre os dois países começou no domingo (26), quando o governo colombiano anunciou a proibição da entrada de imigrantes colombianos deportados pelos EUA, gerando uma resposta imediata de Trump. O ex-presidente norte-americano prometeu aplicar tarifas de 25% sobre produtos colombianos vendidos aos Estados Unidos caso a medida fosse mantida.
Em sua resposta, Leavitt afirmou que, embora as ordens para a imposição das tarifas permaneçam “em reserva e não assinadas”, o governo Trump implementaria restrições de visto para autoridades colombianas e aumentaria as inspeções alfandegárias de bens provenientes da Colômbia. Essas medidas seriam mantidas até que o primeiro carregamento de deportados colombianos fosse retornado com sucesso aos seus países.
O governo colombiano, por sua vez, procurou acalmar a situação, afirmando que o impasse havia sido “superado”. O ministro das Relações Exteriores colombiano, Luis Gilberto Murillo, comentou que o país continuaria a receber os colombianos deportados, garantindo que fossem tratados com dignidade e respeitando seus direitos. Murillo também mencionou que o governo colombiano disponibilizou seu avião presidencial para facilitar o retorno dos migrantes, que inicialmente estavam programados para chegar nos aviões militares dos EUA.
Esse episódio ilustra as tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a Colômbia, com o governo de Trump pressionando para garantir que os países latino-americanos recebam de volta seus cidadãos deportados, enquanto a Colômbia procurava garantir condições dignas para seus cidadãos.