Ainda com alimentos em alta, prévia da inflação de janeiro aponta alta de 0,11%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, registrou um aumento de 0,11% nos preços em janeiro, conforme os dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado reflete a continuidade da pressão nos preços dos alimentos e bebidas, uma das maiores preocupações do governo Lula no início deste ano.
O aumento registrado é uma desaceleração em comparação com o mês de dezembro de 2024, quando o índice subiu 0,34%. A variação de janeiro, portanto, representa um recuo de 0,23 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Alimentação e Bebidas Pressionam a Inflação
A principal força por trás da alta do IPCA-15 em janeiro foi o aumento nos preços do grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 1,06% e teve um impacto de 0,23 ponto percentual no índice total. Este grupo é o de maior peso na composição do indicador, o que reforça o impacto do aumento nos custos de alimentos no orçamento das famílias brasileiras.
A elevação dos preços neste setor segue como um desafio para o governo federal, que busca estratégias para reduzir a pressão inflacionária, especialmente em alimentos essenciais. A alta nos preços de itens como carnes, frutas e hortaliças têm sido especialmente visível nas últimas semanas.
Habitação Apresenta Recuo
O único grupo a apresentar queda na prévia da inflação foi Habitação, que recuou 3,43% em janeiro, impactando negativamente o índice em -0,52 ponto percentual. Essa redução foi impulsionada por uma queda nos preços de energia elétrica, após ajustes em tarifas e subsídios em algumas regiões do Brasil.
Inflação de 2024 Acima da Meta
O resultado do IPCA-15 segue uma tendência observada no fechamento de 2024, quando a inflação oficial do Brasil fechou o ano em 4,83%, ultrapassando o limite superior da meta estabelecida pelo governo de 3%, com uma margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%. A inflação de 2024 foi superior à de 2023, quando o índice foi de 4,62%, o que gerou mais desafios econômicos para o governo federal.
Perspectivas para 2025
A alta de 0,11% no IPCA-15 de janeiro é um reflexo de desafios contínuos no controle da inflação, com o governo Lula focado em políticas para mitigar a alta de alimentos e aliviar o impacto sobre a população. A redução da inflação nos próximos meses dependerá, em grande parte, da evolução dos preços de alimentos e das medidas adotadas para controlar a pressão sobre os orçamentos das famílias.
Em meio a esses desafios econômicos, as autoridades continuarão monitorando a evolução da inflação, enquanto tentam implementar políticas que possam, de fato, estabilizar os preços e garantir o cumprimento das metas de inflação nos próximos anos.