Vereador apresenta projeto que declara Haddad persona non grata em SP

A proposta do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) de declarar Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda, “persona non grata” em São Paulo gerou um grande debate político, refletindo as tensões políticas na cidade e no país. O vereador justificou a proposta com críticas a diversas ações de Haddad enquanto prefeito de São Paulo e atualmente como ministro. As críticas incluem as ciclovias implementadas por Haddad durante sua gestão como prefeito, o programa Braços Abertos voltado para a Cracolândia e algumas políticas econômicas em seu papel de ministro da Fazenda, como a polêmica “taxa das blusinhas” e o monitoramento do PIX.

O projeto de Rubinho Nunes é uma forma simbólica de expressar o desagrado com a atuação de Haddad, sendo mais uma manifestação de disputas políticas intensas, especialmente entre os setores de direita e esquerda no Brasil. A crítica ao programa Braços Abertos, por exemplo, é uma pauta recorrente entre setores conservadores, que veem a política de redução de danos como uma falha, enquanto Haddad e outros defensores a consideram uma abordagem mais humanitária para tratar a questão da dependência química.

Rubinho Nunes, conhecido por suas posições conservadoras e apoio a pautas anti-esquerda, também é uma figura polêmica na política paulistana. Sua trajetória inclui investigações e polêmicas, como as CPIs que tentou instaurar contra ONGs ligadas à população em situação de rua, e seu envolvimento em disputas internas no União Brasil. Sua proposta de tornar Haddad “persona non grata” vai ao encontro do que muitos aliados e eleitores de Nunes enxergam como a necessidade de expor publicamente o que consideram falhas nas gestões do PT, tanto em São Paulo quanto no governo federal.

Se o projeto avançar, ele representaria mais uma etapa na polarização política local e nacional, alimentando um clima de disputa ideológica entre as forças de direita e esquerda. A medida pode ser vista como uma ação simbólica, mas também como parte de uma estratégia para marcar território no cenário político, considerando que Nunes busca ganhar relevância nas próximas eleições municipais.

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Bruno Rigacci

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