Nikolas impõe estrago devastador a Lula

O vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL) no qual faz duras críticas sobre o monitoramento do Pix pela Receita Federal está gerando grande repercussão nas redes sociais, acumulando mais de 120 milhões de visualizações em pouco mais de 24 horas no Instagram. O impacto tem sido significativo, com o vídeo superando em popularidade um post do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicado cinco dias antes, que desmentia rumores sobre a taxação de movimentações realizadas via Pix.

Nikolas Ferreira aproveita a oportunidade para questionar a credibilidade do governo em relação às promessas feitas sobre o sistema, dizendo: “É bom lembrar que a comprinha da China não seria taxada, e foi; não ia ter sigilo, mas teve; você ia ser isento do Imposto de Renda, não vai mais; ia ter picanha, não teve. O Pix não será taxado, mas eu não duvido que possa ser.”

O deputado, que se opõe ao aumento de fiscalização, vai além em suas críticas, apontando que a medida afetará principalmente os trabalhadores informais, como feirantes, motoristas de Uber, pedreiros e entregadores de iFood. Ele argumenta que essas pessoas, que já enfrentam dificuldades para sobreviver, serão tratadas como grandes sonegadoras apenas por realizarem suas atividades cotidianas. Ferreira destaca que a proposta do governo Lula parece mais voltada à arrecadação do que à oferta de serviços de qualidade para a população.

Em uma comparação contundente, Nikolas afirma que, se o Brasil tivesse impostos mais altos como na Suíça, mas com serviços públicos de alta qualidade, a situação seria diferente. No entanto, segundo ele, o brasileiro paga impostos elevados enquanto ainda enfrenta serviços públicos precários, como saúde, educação e transporte.

Nikolas também questiona a transparência do governo, sugerindo que, se houvesse um real compromisso com a fiscalização e a transparência, o foco não deveria ser apenas sobre os cidadãos comuns, mas também sobre as empresas estatais deficitárias e os gastos do próprio governo. Ele ainda provoca: “Se estivessem preocupados mesmo com transparência dos gastos públicos, por que não investigaram as empresas estatais que estão dando prejuízo agora com Lula?”

A crítica se estende para a questão da vigilância sobre o cidadão comum, enquanto figuras políticas de destaque, como o próprio presidente Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ministros do STF, não têm suas finanças investigadas da mesma forma. Ferreira sugere que, em breve, os brasileiros deixarão de usar serviços bancários digitais por medo de cair na mira da fiscalização, o que resultaria em uma volta ao uso de dinheiro vivo.

A situação gerada por essas declarações coloca o governo Lula em um dilema, especialmente considerando o aumento de impostos e a crescente percepção de gastos públicos elevados e descontrole fiscal. Enquanto a medida visa combater a sonegação, a forma como ela está sendo implantada pode gerar mais desconfiança e insatisfação entre a população, especialmente entre os mais vulneráveis. O desafio do governo, agora, é conter os efeitos dessa onda de críticas e encontrar uma forma de equilibrar a fiscalização com a garantia de serviços públicos mais eficientes e transparência nos gastos.

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Bruno Rigacci

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