Dívida dos estados: Lula deve sancionar projeto de lei com vetos nesta segunda-feira (13)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sancionar nesta segunda-feira (13) o projeto que cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A iniciativa, proposta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), visa beneficiar estados com dívidas bilionárias com a União, oferecendo novos prazos de financiamento e redução dos juros.

Objetivo do Propag

O Propag tem como principal objetivo repactuar o endividamento de estados, como Minas Gerais, que enfrentam enormes dívidas com a União. O projeto prevê a possibilidade de um novo prazo para o pagamento, de até 30 anos, e uma redução significativa nos juros, estabelecendo um índice de IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais 2% para o cálculo dos juros das dívidas.

Contrapartidas para os Estados

Em contrapartida ao benefício oferecido, os estados que aderirem ao Propag deverão investir em áreas essenciais, como saúde e educação, a fim de melhorar os serviços públicos e garantir que o alívio financeiro não se traduza apenas em uma reestruturação fiscal sem impacto positivo para a população.

Sanção ou Veto

O prazo para o presidente Lula sancionar ou vetar o projeto termina nesta segunda-feira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recomendou que o presidente vetasse trechos do projeto que poderiam gerar impactos primários negativos nas contas públicas, como aumento de gastos não sustentáveis ou concessões que prejudicassem a saúde fiscal do governo federal.

Impacto nas Finanças Estaduais

O projeto tem gerado um debate sobre os benefícios e os riscos de aliviar as dívidas estaduais. Por um lado, os estados com grandes dificuldades financeiras terão a oportunidade de reestruturar suas dívidas, o que pode ajudar na recuperação econômica e na melhoria da gestão pública. Por outro, críticos argumentam que o programa pode criar um precedente perigoso, ao oferecer condições vantajosas para governos que já acumularam dívidas bilionárias, sem garantir contrapartidas concretas e eficazes.

A sanção do presidente Lula ao Propag será acompanhada de perto, com a expectativa de que o programa traga um alívio financeiro para estados endividados, mas também de que o governo mantenha um rigoroso controle sobre a execução das contrapartidas estabelecidas para garantir o benefício da população.

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Bruno Rigacci

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