Funcionária com câncer é demitida do SBT e se revolta

A saída de Márcia Dantas do SBT, divulgada recentemente, revelou-se apenas a ponta do iceberg de uma série de demissões que estão acontecendo na emissora. O caso ganhou ainda mais atenção quando uma funcionária, que está em tratamento contra um câncer no cérebro, fez um apelo para continuar na empresa, mas teve seu pedido negado. Ela fez uma comparação com a época de Silvio Santos, afirmando que as coisas não eram assim quando o empresário estava à frente da emissora.

Após a publicação da história, Daniela Beyruti, presidente do SBT, se manifestou, dizendo não estar ciente da situação e prometendo investigar o caso. A ex-funcionária, que preferiu não ser identificada, contou que foi contratada pelo SBT em 2017 e desde 2019 vem enfrentando um tratamento contínuo contra o câncer com medicação oral. Segundo ela, a emissora permitiu que ela mantivesse o convênio de saúde ativo por mais seis meses, mas a situação se complicou quando foi informada de que o SBT não se responsabilizava por seu tratamento, alegando que o câncer não era um problema da empresa.

Ela relatou ainda que, após o término do prazo de manutenção do convênio, o SBT ofereceu a possibilidade de um acordo para que ela continuasse a pagar por ele, mas a proposta não foi aceita. “Saí de lá chocada, apavorada. Sabíamos que haveria uma reestruturação desde a chegada do Cipoloni”, disse ela, referindo-se à contratação de Leandro Cipoloni, ex-Record, como novo diretor nacional do setor, em dezembro do ano passado. A ex-funcionária também destacou um clima de tensão e tristeza nos bastidores, relatando que, com a chegada de Cipoloni, a atmosfera na emissora se tornou mais pesada, com gritos e uma postura diferente do que ela estava acostumada.

A situação levantou questões sobre as práticas de gestão e os valores da emissora, que agora enfrentam um crescente desconforto público. A pressão sobre a direção do SBT aumenta, especialmente com a promessa de Daniela Beyruti de investigar o caso e verificar as condições em que a funcionária foi tratada. A repercussão do caso gerou críticas e discussões sobre como grandes empresas lidam com questões de saúde e reestruturação de pessoal, especialmente quando se tratam de situações delicadas como o tratamento contra câncer.

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Bruno Rigacci

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