Embora o presidente tenha feito menções à importância das Forças Armadas na defesa da democracia e da soberania nacional, o discurso também incluiu uma ênfase na necessidade de punições severas para os responsáveis pelos ataques de 2023. Esse tom de responsabilização, combinado com o contexto político atual, foi visto por muitos como uma tentativa de explorar a data para fins partidários, algo que gerou desconforto entre os presentes, especialmente os militares.
O ato deste ano, em comparação com o evento anterior realizado no Congresso Nacional, foi considerado por alguns como mais politizado, o que gerou preocupações sobre a continuidade da polarização no país. Muitos militares expressaram a necessidade de diálogo e reconciliação, enquanto outros consideraram que a repetição de atos desse tipo só “alimenta a ferida aberta”.
Além disso, o evento destacou um desafio contínuo para o governo de Lula: como manter o equilíbrio nas relações com as Forças Armadas em um contexto de crescente polarização política, especialmente com um ano eleitoral pela frente. O evento, portanto, não apenas marcou a memória dos ataques de 8 de janeiro, mas também evidenciou as tensões subjacentes nas relações civis-militares no Brasil.