Terremoto deixa ao menos 95 mortos no Tibete
Um forte terremoto de magnitude 7,1, que ocorreu nesta terça-feira (07/01) na região autônoma do Tibete, no oeste da China, resultou em pelo menos 95 mortes e mais de 130 feridos. O tremor, que atingiu o condado de Tingri, na província de Shigatse, também foi sentido em várias regiões da Índia e Nepal. O terremoto aconteceu às 9h05 (horário local), com epicentro a uma profundidade de 10 quilômetros.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), a magnitude foi de 7,1 na escala Richter, enquanto o Centro de Redes Sismológicas da China (CENC) relatou uma magnitude ligeiramente menor, de 6,8. A forte intensidade do sismo causou o desabamento de mais de mil casas em Tingri, uma das áreas mais afetadas. O condado, que tem uma população de cerca de 6.900 pessoas vivendo num raio de 20 quilômetros do epicentro, foi devastado.
O presidente chinês, Xi Jinping, fez um apelo para que esforços exaustivos sejam feitos a fim de salvar vidas, minimizar o número de vítimas e evitar desastres secundários. Ele também pediu a rápida recuperação das infraestruturas danificadas e o reassentamento adequado das vítimas. O Gabinete de Comando Antiterremoto da China e o Ministério de Gestão de Emergências ativaram imediatamente uma resposta de emergência, com mais de 1.500 bombeiros locais mobilizados para realizar operações de resgate.
A região do Tibete, onde o terremoto ocorreu, é conhecida por sua atividade sísmica devido ao atrito das placas tectônicas asiática e indiana. A baixa densidade populacional, no entanto, reduz o impacto direto de grandes tremores em áreas povoadas. A região é frequentemente atingida por terremotos, como o de magnitude 6,2 que devastou áreas vizinhas em dezembro de 2023, deixando mais de 150 mortos.
Além do caos no Tibete, o tremor foi sentido no Nepal e no norte da Índia, embora, até o momento, não se tenha registrado mortes ou danos significativos nesses países. A proximidade do epicentro com o Monte Everest, cerca de 85 quilômetros de distância, fez com que a área fosse temporariamente fechada ao público para garantir a segurança de visitantes e funcionários.
As temperaturas na área afetada, que têm uma altitude média de 5 mil metros acima do nível do mar, são extremamente baixas, com previsões indicando mínimas de 16 graus Celsius abaixo de zero. Isso pode dificultar ainda mais os esforços de resgate e recuperação na região.
A tragédia no Tibete sublinha a vulnerabilidade da região a desastres naturais, e a comunidade internacional acompanha com atenção os esforços de resgate e as condições que se seguirão a este evento devastador.