Braga Netto preso e G. Dias impune, o que diferencia os generais? (veja o vídeo)
A prisão do General Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022, gerou grande repercussão e levanta questões sobre a aplicação de justiça e a diferenciação de tratamento entre figuras militares. Braga Netto foi preso em 14 de dezembro de 2024, acusado de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de estado, o que gerou uma série de reações políticas e críticas.
Ao mesmo tempo, o General G. Dias, também envolvido em polêmicas relacionadas aos atos de 8 de janeiro, foi apenas afastado de seu cargo, sem enfrentar as mesmas consequências severas que Braga Netto. Esse contraste de tratamentos foi abordado pelo jornalista Diogo Forjaz no programa Raio X da Política. Forjaz fez uma reflexão sobre a “perseguição específica” que, segundo ele, a direita estaria sofrendo, especialmente em relação às investigações sobre os atos de vandalismo de janeiro, quando grupos extremistas invadiram a sede do governo em Brasília.
O jornalista criticou a retórica que, na sua visão, tenta demonizar a direita como se ela fosse responsável por ações violentas e extremistas, como as observadas durante o 8 de janeiro. Ele sugeriu que a visão de que a direita estaria ligada a tais comportamentos não corresponde à realidade e que essa percepção favorece a ideia de que a direita não poderia reagir ou se manifestar.
Forjaz também fez uma crítica velada à prisão de Braga Netto, argumentando que a detenção de um general de quatro estrelas tão respeitado pode abrir um precedente perigoso para a prisão de outros membros das forças armadas, gerando um ambiente de insegurança dentro das instituições militares. Esse tipo de reflexão aponta para um desconforto crescente com a maneira como o sistema judicial tem lidado com figuras militares e o impacto político das ações contra esses generais.