Jornalista da GloboNews diz que sofreu ataque de policial e Gilmar reage imediatamente
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou, nesta quarta-feira (1º), sobre o ataque sofrido pela jornalista Natuza Nery, da TV Globo, durante um incidente em um supermercado em São Paulo. O ministro afirmou que o episódio “exige pronta resposta do poder público” e que as democracias dependem da liberdade de imprensa para garantir a liberdade de expressão.
O episódio ocorreu na última segunda-feira (30), no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. Natuza Nery estava fazendo compras quando foi abordada por um policial civil, que, ao reconhecê-la como jornalista da GloboNews, iniciou uma série de ataques verbais. Segundo o boletim de ocorrência, o policial afirmou que a emissora e a jornalista eram responsáveis pela atual situação do país, chegando a declarar que ela “merecia ser aniquilada”. Testemunhas disseram que uma mulher, que acompanhava o agente, tentou intervir, mas a situação foi resolvida com a chegada da Polícia Militar, que registrou o caso.
Em sua manifestação nas redes sociais, Gilmar Mendes destacou a importância do jornalismo profissional para o funcionamento da democracia: “As democracias dependem do jornalismo profissional; sem ele, não há liberdade de informação e, por conseguinte, liberdade de expressão”, disse. O ministro ressaltou que o episódio é grave, considerando a violência e a ameaça à liberdade de imprensa.
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Corregedoria, já instaurou um inquérito para investigar o caso. O policial, que foi identificado, nega as acusações, alegando que apenas fez críticas ao trabalho de Natuza Nery. A autoridade policial poderá ser afastada de suas funções enquanto o caso é apurado.
Além disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está realizando diligências para coletar imagens das câmeras de segurança do supermercado, com o objetivo de reforçar a investigação e garantir uma apuração rigorosa.
Até o momento, Natuza Nery não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. O episódio gerou repercussão e reacendeu o debate sobre o ambiente de hostilidade contra jornalistas no Brasil.