Desvio de recursos públicos até na árvore de Natal da Esplanada em Brasília está sendo apurado

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) iniciou, nesta segunda-feira (30), a Operação Krampus, com o objetivo de apurar a contratação ilegal do projeto Natal Encantado 2024. O projeto, que inclui a montagem da tradicional árvore de Natal na Esplanada dos Ministérios, é investigado por suspeitas de desvio de recursos públicos. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra indivíduos suspeitos de envolvimento no esquema.

A investigação revelou que o custo de uma das principais atrações do projeto, o aluguel da estrutura da árvore de Natal, foi exorbitante: R$ 1 milhão. A estrutura, que é composta basicamente por ferro e um tecido que a reveste, chamou atenção por seu alto custo diante de sua simplicidade. Além disso, a ordem judicial determinou o bloqueio de mais de R$ 5 milhões, valor relacionado ao desvio de recursos no âmbito da contratação do projeto.

Os principais investigados no caso incluem:

  • João Filho de Sousa Cândido, subsecretário de Difusão e Diversidade Cultural da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.
  • Carlos Leandro de Oliveira, coordenador de Planejamento e Monitoramento de Projetos Especiais da mesma pasta.
  • Fernando Pereira Borges de Andrade, presidente da Associação Amigos do Futuro, uma das entidades envolvidas.
  • Eduardo de Lima Moreira, representante do Instituto Conecta Brasil, que pode ter colaborado na seleção da Associação Amigos do Futuro para a execução do projeto.

Além das apreensões realizadas, mandados de busca também foram cumpridos na sede dos dois institutos envolvidos — Associação Amigos do Futuro e Instituto Conecta Brasil — e na Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, onde os documentos e materiais requisitados podem fornecer mais informações sobre o processo que levou à contratação do projeto de forma irregular.

A Operação Krampus faz parte do esforço do MPDFT para combater o uso indevido de recursos públicos e garantir que a gestão pública seja conduzida com responsabilidade e transparência. O caso está gerando grande repercussão, especialmente em um momento em que os cidadãos estão cada vez mais atentos aos gastos com eventos e obras públicas. As investigações continuam, e a expectativa é de que novas informações surjam nos próximos dias.

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Bruno Rigacci

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