Procura-se o “genocida”: Pesquisa aponta que 65,8% dos municípios do país têm falta de vacina

Enquanto a velha mídia parece ignorar a crise, a realidade nas ruas é outra. A falta de vacinas se agrava no Brasil, e o levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela um cenário alarmante. Dos 2.895 municípios que participaram da pesquisa, 65,8% reportaram falta de pelo menos um imunizante, com destaque para a vacina contra a varicela (catapora). Um desabastecimento que não é novidade, mas que segue sendo minimizado pelas autoridades.

Em novembro, o jornalista Tácio Lorran, no site Metrópoles, já havia alertado sobre a falta de vacinas em diversos estados, uma denúncia que o Ministério da Saúde, à época, negou. A reportagem apontava escassez de imunizantes em 11 estados e no Distrito Federal, afetando vacinas essenciais como as de Covid-19 para crianças, meningite, pneumonia, HPV, sarampo, caxumba e rubéola. A falta de planejamento e gestão do atual governo em áreas cruciais como a saúde se torna cada vez mais evidente.

Agora, a CNM confirma o que já era sabido. O levantamento feito entre 29 de novembro e 12 de dezembro de 2023 mostra que a situação não só persistiu como piorou, atingindo mais uma vez os municípios brasileiros, com consequências diretas para a saúde pública.

Enquanto isso, a manutenção de infraestruturas essenciais, como pontes e estradas, também sofre com a falta de atenção, revelando a ineficiência do governo em gerir as necessidades básicas da população.

O desabastecimento de vacinas não é apenas uma falha administrativa; é uma questão de saúde pública, que reflete um governo incapaz de atender às demandas mais urgentes da sociedade. A grande questão que fica no ar, como sempre, é: quem realmente é o “genocida” aqui? Afinal, a irresponsabilidade em setores fundamentais da administração pública coloca vidas em risco de forma cruel e sistemática.