A resposta completamente inesperada do Exército
O Exército Brasileiro reagiu rapidamente à ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia dado 48 horas para que a instituição se manifestasse sobre a questão das visitas realizadas a militares presos acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. A resposta veio de forma firme e clara, surpreendendo, e até mesmo soando como um recado sobre como as questões internas funcionam dentro da caserna.
De acordo com a nota oficial emitida pelo Exército, as visitas realizadas por familiares e advogados aos militares detidos ocorreram em conformidade com as normas e regulamentos vigentes. Entre os presos estão figuras de destaque, como os generais Walter Souza Braga Netto e Mario Fernandes, além dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima. O Exército esclareceu que cada detido recebeu visitas conforme os dias previstos no regulamento militar: Fernandes às segundas, quartas, sextas-feiras e domingos; e Braga Netto às terças, quintas-feiras e domingos.
A nota oficial do Exército foi clara ao afirmar que não houve desrespeito às normas de visitação. “Esta divisão de Exército esclarece que não há que se falar em visitação diária por ocasião da custódia do general de brigada Mario Fernandes, tampouco do general de Exército Walter Souza Braga Netto. Neste sentido, salvo outro juízo, não houve desrespeito ao regulamento de visitas estabelecido nesta Organização Militar (OM)”, destacou o comunicado.
A rápida resposta do Exército busca demonstrar que a instituição segue suas próprias normas internas e que não há irregularidades no tratamento dispensado aos militares detidos, apesar da pressão política e judicial crescente. Esse episódio é mais um capítulo na tensa relação entre as Forças Armadas e o Judiciário, e reflete a complexa dinâmica que envolve questões políticas, legais e militares no Brasil.
A posição do Exército, ao destacar que as visitas estão dentro das normas estabelecidas, pode ser interpretada como uma forma de reafirmar sua autonomia e o respeito aos procedimentos internos, ao mesmo tempo que envia uma mensagem clara de que as decisões sobre esses assuntos são tomadas dentro da caserna, sem interferência externa.