Um dos maiores clássicos da Globo registra pior ibope da história…

O tradicional Especial Roberto Carlos, exibido pela Rede Globo no dia 20 de dezembro, alcançou a pior audiência de sua história. Com 14,3 pontos de audiência na Grande São Paulo, entre 22h39 e 0h18, o show gravado no Allianz Parque apresentou uma queda significativa em relação ao recorde negativo de 2019, quando o programa obteve 17,5 pontos. Além disso, o desempenho de 2024 também reflete uma queda em relação aos 19,0 pontos alcançados em 2023, sinalizando uma tendência de declínio no interesse do público por esse tradicional evento de fim de ano.

Este ano, a edição do especial marcou também o último trabalho de J.B. de Oliveira, o Boninho, na Globo. O diretor, uma das figuras mais emblemáticas dos bastidores da emissora, deixa a empresa em um momento de crise de audiência e de intensas transformações. Boninho foi responsável por muitos dos grandes projetos de entretenimento da Globo, mas agora se despede em meio a uma fase de dificuldades, tanto em termos de números quanto de renovação criativa.

A queda contínua nos índices de audiência, especialmente quando comparados aos números mais altos de anos anteriores, reflete um cenário mais amplo enfrentado pela emissora. Programas que antes dominavam a televisão brasileira vêm sofrendo com a mudança no comportamento do público, que agora busca alternativas e novos formatos, além de uma crescente desconfiança de parte da audiência tradicional.

Esse declínio da Globo também é analisado no livro Dossiê Globo: Os Segredos da Emissora, que investiga os bastidores da emissora e como suas decisões estratégicas nos últimos anos, como a busca por se alinhar a pautas mais progressistas e a adaptação a novos públicos, afastaram uma parte significativa de sua audiência histórica. A obra aponta que, além das transformações nas pautas e no foco editorial, a saída de grandes talentos e a falta de inovação têm sido fatores cruciais no enfraquecimento da posição da emissora no mercado televisivo.

Com a mudança de Boninho e o cenário de crise, a Globo se vê agora em uma encruzilhada, tendo que reavaliar sua estratégia para reconquistar o público que parece estar cada vez mais distante.

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Bruno Rigacci

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