O caminho para 2026…
De acordo com informações do colunista Paulo Cappeli, do portal Metrópoles, o ex-presidente Jair Bolsonaro está focado em uma estratégia jurídica para reverter sua inelegibilidade e disputar as eleições presidenciais de 2026. O plano envolve a mudança de composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ocorrerá em agosto de 2026, quando o ministro Kassio Nunes Marques assumirá a presidência da Corte, e com a presença de outros ministros como André Mendonça e Dias Toffoli.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado federal, expressou otimismo sobre as mudanças na presidência do TSE, destacando que a futura gestão será “mais equilibrada” em comparação com a atual presidência de Alexandre de Moraes. Para ele, a presença de Toffoli, que substituirá a ministra Cármen Lúcia na presidência da Corte, também será benéfica, pois ele é considerado “menos ideológico” e “mais equilibrado” em suas decisões.
Estratégia Judicial
Em relação à possibilidade de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, Eduardo afirmou que existem “sempre formas” de ingressar com pleitos judiciais, destacando que novos fatos ou ações rescisórias poderiam ser apresentados para reverter a decisão. Ele fez uma referência ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, após ficar preso e ser considerado inelegível, conseguiu retomar seus direitos políticos por meio de decisões favoráveis na Justiça. “Lula estava preso e inelegível. Aqui é Brasil”, disse Eduardo Bolsonaro, sugerindo que há precedentes que poderiam ser usados em favor de seu pai.
A Inelegibilidade de Bolsonaro
O ex-presidente Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade pelo TSE em junho de 2023, após ser considerado culpado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão foi motivada por um episódio ocorrido em junho de 2022, durante uma reunião no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros, onde Bolsonaro questionou publicamente a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. A ministra Cármen Lúcia, que deu o voto decisivo pela inelegibilidade, classificou o evento como uma ação “eleitoreira”.
A estratégia de Bolsonaro e seus aliados gira em torno da ideia de que, com a mudança na composição do TSE, o ex-presidente poderá ter uma chance maior de reverter sua inelegibilidade e retomar seu caminho para a candidatura à presidência em 2026. O cenário político e judicial, no entanto, continua incerto, e será necessário acompanhar os próximos desdobramentos legais e as escolhas do futuro tribunal eleitoral.