‘O Senado está de joelhos para o STF’

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas ao atual comportamento do Senado Federal, acusando a Casa de se tornar “um puxadinho do Palácio do Planalto” e de demonstrar subserviência ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Girão, o Senado tem se mostrado submisso às pressões externas, principalmente em relação às interferências do STF, que, segundo ele, têm ultrapassado os limites constitucionais, especialmente no que tange à independência do Poder Legislativo.

“Quando uma pessoa se ajoelha, pode estar numa posição de humildade em oração. Mas quando uma instituição fica de joelhos perante outra, expressa apenas subserviência. É o que vem acontecendo com o Senado da República. O STF passou a interferir sistematicamente também, na competência máxima desse Poder, que é de legislar, de fiscalizar. Mas a Casa Legislativa baixa a cabeça e se submete ao STF”, declarou Girão, ressaltando a fragilidade da independência do Senado.

O senador também propôs uma série de mudanças internas para aumentar a representatividade e a transparência no Congresso. Ele sugeriu a redução dos privilégios dos parlamentares e a criação de mecanismos que permitam a todos os senadores apresentarem, ao menos uma vez por ano, projetos de lei para deliberação, garantindo maior visibilidade às demandas da sociedade e um processo legislativo mais inclusivo.

Em um movimento estratégico, Girão anunciou sua candidatura à presidência do Senado, afirmando que sua eleição representaria uma alternativa para promover maior independência entre os Poderes e dar um rumo mais transparente à Casa. “Fica claro que precisamos de alternância de Poder. Fica claro que precisamos avançar, e não termos o retrocesso de um filme que a gente já viu. A população quer mudança de verdade para que esta Casa cumpra seu papel constitucional neste momento histórico, dramático do nosso país”, afirmou, convocando a sociedade a acompanhar e participar do processo eleitoral para a presidência do Senado.

A candidatura de Eduardo Girão surge em um momento de crescente tensão entre os Poderes e diante de uma sociedade cada vez mais exigente por mudanças no processo político e legislativo. O senador, com sua proposta de maior autonomia para o Senado e a defesa de uma política mais transparente, busca se colocar como uma voz contrária à atual condução do Legislativo, que, segundo ele, tem se mostrado aquém das expectativas da população.

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Bruno Rigacci

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