URGENTE: Plano de fuga é desvendado, ex-governador é preso e tem HC negado

O ex-governador de Tocantins, Mauro Carlesse, foi preso na manhã deste domingo (15), na fazenda onde reside, localizada em São Salvador, no sul do Estado. A prisão foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e ocorre no contexto de investigações que apontam o ex-chefe do Executivo Estadual como suspeito de planejar uma fuga para o exterior, após tentar obter documentos falsificados para facilitar sua evasão.

A prisão preventiva de Carlesse foi decretada pela 3ª Vara Criminal de Palmas, que considerou a emissão de passaporte italiano e uma identidade uruguaia como indícios claros de que o ex-governador estaria se preparando para deixar o país. A decisão judicial destaca a necessidade de resguardar a instrução criminal e garantir a aplicação da lei penal, impedindo que o acusado deixe o Brasil antes do devido processo legal.

“Evidencia-se a necessidade de se resguardar a instrução criminal e a aplicação da lei penal através da prisão cautelar antes que os acusados empreendam fuga para o exterior”, afirma a decisão do juiz responsável pelo caso.

A prisão de Carlesse ocorre em um contexto de investigações em andamento que envolvem o ex-governador em diversas operações de combate ao crime organizado, corrupção e outros crimes. Em outubro de 2021, após a deflagração de uma operação da Polícia Federal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio do ministro Mauro Campbell, havia determinado o afastamento do cargo do então governador por seis meses, devido a suspeitas de envolvimento em crimes nos setores da Saúde e da Segurança Pública. A operação da PF visava desarticular uma organização criminosa acusada de obstruir investigações relacionadas a práticas ilícitas no governo estadual.

Embora Carlesse tenha impetrado habeas corpus para tentar reverter a prisão preventiva, o desembargador João Rigo Guimarães, do Tribunal de Justiça do Estado, negou o pedido e manteve a prisão. O magistrado enfatizou que a decisão de manter Carlesse preso era sustentada por “elementos concretos” que apontam riscos reais de fuga. “Os autos demonstram sofisticada articulação para potencial evasão do país, consubstanciada nos elementos probatórios trazidos aos autos”, afirmou Guimarães.

O desembargador também destacou a complexidade das investigações, que indicam que o ex-governador não está apenas envolvido em um único ato criminoso, mas em uma série de ações que configuram uma organização criminosa com ramificações em diversos setores da administração pública de Tocantins. As investigações mencionam três operações distintas que teriam a participação de Carlesse: a Operação PlanSaúde, a Operação ‘Flagrante Forjado’ e a Operação Caninana. Todas as operações envolvem suspeitas de fraudes, corrupção e outros crimes cometidos durante o governo de Carlesse.

Com a prisão do ex-governador, as autoridades esperam avançar nas investigações e garantir a responsabilização de todos os envolvidos nos esquemas de corrupção e crimes relacionados à sua administração. O Ministério Público e a Polícia Federal continuam a investigar os casos, e mais desdobramentos são esperados nas próximas semanas.

A prisão de Mauro Carlesse marca um novo capítulo na luta contra a corrupção e o crime organizado no Estado de Tocantins, e reforça o compromisso das autoridades em assegurar a integridade das investigações e da justiça.

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Bruno Rigacci

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