O recuo de Tarcísio

A decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de reverter sua postura sobre a implementação de câmeras nos policiais militares gerou grande repercussão política. A pressão de diversos setores, incluindo a atuação de policiais em situações complexas, como o caso de PMs envolvidos em agressões, foi um fator decisivo para a mudança de posicionamento. O episódio de “entregador de ponte” gerou críticas, levando à percepção de que a falta de câmeras poderia prejudicar a transparência e a responsabilização das ações dos policiais. Como resposta, Tarcísio anunciou que haverá alterações na cúpula da Corregedoria paulista, buscando melhorar a supervisão e o controle das ações da polícia, especialmente no que diz respeito à convivência com a população.

No campo da educação, a polêmica sobre a proibição de celulares nas escolas também gerou debates. A mudança proposta tem como foco, segundo as autoridades, fins pedagógicos, visando evitar que os alunos se distraiam e melhorar o ambiente de aprendizado. A crítica, no entanto, se concentra na percepção de que o real problema está em questões mais profundas do sistema educacional, como a estrutura dos cursos de pedagogia e o modelo de ensino, ao invés de focar apenas em medidas superficiais como o uso de celulares.

A reflexão sugerida é que, ao invés de se ater a narrativas simplistas, é necessário olhar para as causas profundas que impactam a educação e a segurança pública no estado. Isso inclui uma reavaliação da formação dos profissionais da educação e da gestão das forças policiais, buscando soluções que realmente atendam às necessidades da sociedade, e não apenas aos interesses políticos de momento.

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Bruno Rigacci

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