A declaração foi dada durante um café da manhã com jornalistas, após Rodrigues ser questionado sobre as reações de autoridades políticas às operações e investigações que envolvem parlamentares. “Essas reações não atrapalham de forma nenhuma os nossos trabalhos. Trabalhamos com base na Constituição”, afirmou o diretor-geral da PF, enfatizando que não é a Polícia Federal quem abre inquéritos, mas sim a Suprema Corte. “É a Suprema Corte”, disse, deixando claro que as investigações são iniciadas pelo Judiciário.
Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou o indiciamento dos deputados Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e Marcel Van Hattem (Novo) por calúnia e difamação contra o delegado Fábio Shor, responsável pelo indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Na ocasião, Lira fez duras críticas à situação, afirmando que “não se pode cercear o direito fundamental ao debate e à crítica em tribuna, mediante ameaças de perseguição judicial ou policial”. Ele reforçou que “o Parlamento não é e não pode ser alvo de ingerências externas que venham a coibir o exercício livre do mandato”.
A declaração de Andrei Rodrigues gerou um intenso debate sobre os limites da atuação da Polícia Federal, a independência do Legislativo e os direitos dos parlamentares de se expressar livremente sem temer represálias judiciais ou policiais.