O advogado de defesa de Azevedo, Jeffrey Chiquini, nega que o militar seja o codinome “Brasil” e apresenta provas de que, no dia 15 de dezembro, aniversário de Azevedo, ele estava em casa com sua família em Goiânia. Chiquini afirma que o celular só foi entregue ao tenente-coronel no dia 24 de dezembro, quando ele assumiu um cargo no Centro de Coordenação de Operações Especiais do Exército, e sustenta que o aparelho foi “plantado” para incriminar Azevedo.
“Esse celular está plantado à disposição do coronel, como se já estivesse tudo preparado”, afirmou o advogado, sugerindo que alguém do Exército ou um funcionário terceirizado pode ter sido corrompido para disponibilizar o aparelho ao militar. Chiquini argumenta que a acusação é uma armação para atingir o Exército, especialmente sua força de operações especiais, e para desviar a atenção das investigações sobre a tentativa de golpe.
Ele também questiona a veracidade das mensagens e sugere que elas se referem a questões internas dentro do Exército, e não a um plano golpista. Segundo o advogado, o suposto amadorismo da trama evidencia que não há envolvimento das forças especiais no caso, destacando que “jamais uma força especial teria tanto amadorismo como está se vendo nesta operação”.
Chiquini pede acesso ao celular apreendido de Azevedo para que possa reunir provas e pedir a soltura de seu cliente, afirmando que Azevedo está disposto a colaborar com as investigações, mas reforçando que um inocente não delata.
Por fim, o advogado sugere que o “sistema” busca criar uma narrativa para envolver o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso, afirmando que há tentativas de incriminá-lo a qualquer custo.