Denúncia aponta que “plantaram provas a alvos específicos para imputação a pessoas específicas”

O advogado Jeffrey Chiquini, defensor do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso no Rio de Janeiro no último dia 19, alegou que o militar, membro das chamadas forças especiais ou “kids pretos”, foi vítima de uma armação no caso que investiga a suposta tentativa de golpe e o planejamento do assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Chiquini afirmou que provas foram “plantadas” com o objetivo de incriminar pessoas específicas, incluindo Azevedo, e que o tenente-coronel desconhece qualquer envolvimento no golpe. O advogado alegou ainda que Azevedo foi enganado com um celular que funcionava como “cavalo de Troia”. Durante uma entrevista coletiva, o advogado detalhou o depoimento de três horas e meia prestado por Azevedo à Polícia Federal (PF), onde o militar negou qualquer participação nas ações investigadas.

Chiquini destacou que Azevedo não é um militar comum, mas sim alguém escolhido para ser responsabilizado, e acusou o caso de envolver uma “sabotagem das Forças Armadas”. O militar segue preso no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, como parte da Operação Contragolpe, que visa desmantelar uma suposta organização criminosa responsável pela tentativa de golpe. Quatro militares das forças especiais foram alvo da operação.

A situação reflete um cenário em que, segundo o advogado, uma narrativa está sendo criada para atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de envolvê-lo de qualquer maneira no caso.

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Bruno Rigacci

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