Jornalista renomado expõe erros e incontáveis absurdos no relatório da PF e desmoraliza a instituição
O jornalista Claudio Dantas, em seu texto publicado em seu site, faz uma análise contundente e crítica sobre o relatório da Polícia Federal que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de envolvimento em um suposto golpe de Estado. Dantas examina com detalhes e questiona a lógica por trás de várias alegações feitas pela PF no documento, apontando aspectos que considera falhos e, em alguns casos, até contraditórios.
A seguir, estão alguns dos pontos mais relevantes abordados por Dantas, que esclarecem as inconsistências e levantam sérias dúvidas sobre a veracidade das acusações:
- Ausência de Depoimentos Cruciais: Dantas destaca que a PF não incluiu os depoimentos de figuras-chave, como os comandantes do Exército e da Aeronáutica, que se opuseram ao suposto golpe. O fato de os comandantes não terem sido destituídos de seus cargos ou sequer terem se manifestado de forma mais assertiva diante do “golpe” alegado pela PF levanta questões sobre a consistência das acusações.
- Críticas ao Sistema Eleitoral como Suposto “Início” do Golpe: A PF tenta remontar o golpe de Bolsonaro desde 2019, identificando suas críticas ao sistema eleitoral e outros atos como parte de um plano golpista. Dantas critica a tentativa de a PF associar atos públicos e legítimos de oposição a um plano para a abolição da democracia, ignorando o contexto político e as discussões sobre a segurança do sistema eleitoral.
- Uso Improprio da Termologia “Execução”: O texto da PF, segundo Dantas, faz um uso excessivo e indevido da palavra “execução”, com o intuito de caracterizar como atos golpistas até mesmo aqueles que são apenas preparatórios, mas que ainda não configuram um crime concreto. Ele critica a tentativa de transformar ações como críticas ao sistema eleitoral e discussões sobre falhas na apuração em uma “execução” de um plano para subverter o Estado de Direito.
- Confusão entre Atos Preparatórios e Atos Executórios: Dantas destaca que a PF, ao fazer essa confusão, tenta estender a ideia de um “golpe” para situações que, na realidade, seriam apenas preparatórias, sem qualquer prova de um ato golpista efetivo. Ele aponta que a narrativa é construída de maneira a conectar qualquer tipo de crítica ou manifestação política como parte de um movimento maior e orquestrado para violar a ordem democrática.
- Mensagens e Diálogos “Comprometedores”: Um dos trechos do relatório se baseia em mensagens trocadas entre oficiais militares, mas Dantas questiona se essas conversas realmente evidenciam um golpe em andamento, como a PF sugere. Ele aponta que a interpretação dessas mensagens pode ser distorcida para sustentar uma narrativa golpista, sem uma base sólida para tal conclusão.
Em resumo, o jornalista aponta que o relatório da PF apresenta uma série de suposições e confusões deliberadas, com o objetivo de transformar críticas e manifestações políticas legítimas em elementos de uma trama golpista. Dantas sugere que a Polícia Federal pode estar sendo utilizada para construir uma narrativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, sem evidências concretas de sua participação em um golpe real. Ele questiona o papel da PF e a possível instrumentalização do órgão para fins políticos, desafiando a credibilidade do indiciamento e a narrativa oficial.
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