Sem medo de nada, indiciados soltam o verbo contra o famigerado relatório da Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre a suposta organização criminosa acusada de tentar realizar um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin. No total, 37 pessoas foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O relatório final das investigações foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Abaixo, seguem as manifestações de alguns dos indiciados:

Jair Bolsonaro

Após ser indiciado pela PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou, em sua conta na rede social X, trechos de uma entrevista ao portal Metrópoles. Nela, informou que aguardaria a orientação de seu advogado para avaliar o indiciamento e criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou Bolsonaro.

Walter Souza Braga Netto

A defesa do general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto, emitiu nota repudiando a divulgação antecipada de informações sobre o inquérito, que foram enviadas a determinados veículos de imprensa, sem o devido acesso às partes interessadas. A defesa aguardará o recebimento oficial dos documentos para emitir uma posição formal e fundamentada.

Almir Garnier

A defesa do Almirante Almir Garnier reiterou a inocência do investigado, ressaltando que ainda não teve acesso integral aos autos do processo. A nota foi enviada pelo advogado Demóstenes Torres.

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que estava fora do Brasil em 2022, disse em nota que a acusação fazia parte de uma campanha de intimidação liderada pelo que chamou de “GESTAPO de Moraes”, referindo-se ao ministro do STF. Em sua declaração, ele se posicionou contra qualquer tentativa de silenciamento e afirmou que não recuaria em exercer suas liberdades.

Tércio Arnaud Tomaz

Em resposta ao indiciamento de Tércio Arnaud Tomaz, o advogado Luiz Eduardo Kuntz afirmou que, apesar de ser esperado neste estágio das investigações, a defesa discorda veementemente do indiciamento, pois não há elementos concretos que liguem Tomaz aos crimes investigados. A defesa confia que o Ministério Público reconhecerá a necessidade de diligências complementares para esclarecer os fatos.

Marcelo Costa Câmara

A defesa do coronel Marcelo Costa Câmara, também representada pelo advogado Kuntz, negou que houvesse elementos suficientes para o indiciamento e reafirmou seu compromisso com a verdade e o respeito ao devido processo legal, confiando que a inocência do coronel será reconhecida.

José Eduardo de Oliveira e Silva

A defesa do padre José Eduardo de Oliveira e Silva criticou a divulgação dos nomes dos indiciados e a forma como o sigilo das investigações foi violado. Segundo o advogado Miguel Vidigal, o padre prestou depoimento à PF sete dias antes da publicação do indiciamento e ainda não teve acesso ao relatório final. A defesa questionou a autorização para quebra do sigilo das conversas espirituais do padre e denunciou um possível abuso no processo.

De acordo com o advogado de José Eduardo Silva, fica claro que existe uma tentativa sistemática de envolver Jair Bolsonaro em qualquer narrativa que possa resultar em sua prisão.

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Bruno Rigacci

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